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Sicília: a nova meta dos apaixonados por enoturismo na Itália



Andreia Debon - @andreiadebon


Território fascinante, rico em belas paisagens, história, arte, gastronomia e vinho! Essa é a Sicília, a região italiana que está arrebatando os corações dos apaixonados por vinhos e gastronomia. Isso porque, além de qualidade, os vinhos têm diversidade, tanto os brancos quanto os tintos, e, se harmonizados com a culinária local, que é maravilhosa, fazem desta uma das experiências mais incríveis que se pode viver no Bellpaese. E quem atesta essa afirmação são os próprios italianos, tão exigentes nas suas escolhas quando o assunto é vinho e gastronomia.


De acordo a pesquisa ‘Rapporto Sul Turismo Enogastronomico Italiano 2023’, feita pela professora da Universidade de Bergamo e presidente da Associação Italiana de Turismo Enogastrônomico, Roberta Garibaldi, para 46% dos italianos a Sicília é considerada a melhor região da Itália para fazer turismo enogastrônomico. Além disso, 35% dos italianos desejam visitar a ilha numa próxima viagem. Esse número deixa a Sicília em primeiro lugar entre as 20 regiões italianas. Entre os estrangeiros, a presença maior é de americanos, ingleses, suecos e franceses. Os brasileiros estão descobrindo pouco a pouco a região.



Investimentos

Com o segmento em alta, as vinícolas sicilianas estão aproveitando para fazer investimentos e atrair cada vez mais visitantes. Mas a ideia é chamar a atenção para um turista qualificado, isto é, aquele visitante que valoriza as belezas, a cultura e a autenticidade do território, e que pode reservar alguns dias para curtir tudo o que a ilha tem a oferecer.



Segundo a Assovini, associação que reúne cerca de 100 vinícolas da Sicília, (74% delas com gestão familiar), 90% dos empreendimentos que fazem parte do grupo possuem estrutura para atender turistas. Desses, 32% oferecem estrutura para dormir e 30% um restaurante ou uma osteria. Outro dado interessante: 51% das vinícolas oferecem experiências diversificadas, isto é, não apenas a degustação dos vinhos na vinícolas, mas ‘wine experience’ que vão desde cursos de culinária, passeios em bicicleta ou em veículos típicos, visitas a vilas antigas para vivenciar o lugar, até momentos de relax, como massagens terapêuticas. Um verdadeiro oásia para quem busca relaxar!



Os dados sobre o desenvolvimento do enoturismo na Sicília foram apresentados recentemente durante o Sicilia en Primeur, evento organizado pela Assovini e que reuniu cerca de 100 jornalistas de todo o mundo (a Bon Vivant representou o Brasil). A atividade mesclou, também, degustação dos vinhos das vinícolas associadas.



Um continente do vinho

A variedade de paisagens e climas na Sicília – a maior olha do Mediterrâneo (são 26 mil metros quadrados) são traduzidas em uma diversidade de solos vulcânicos, calcáreos, argilosos e rochosos. Nesses terrenos são cultivados vinhedos autóctones e internacionais, e dessa imensidão de videiras nascem vinhos com a expressão de cada de cada terroir.

Desde Pantelleria, a ilha que elabora excelentes passitos, passando pela área de área de Trapani, com a produção de Marsala; seguindo por Palermo, Agrigento e Messina, até chegar a área do Etna, e finalmente, Siracusa e Ragusa. Cada pequena área tem um vinho que se destaca e que vale a pena harmonizar com gastronomia local.

A Sicília possui 1 DOCG, 23 DOC e 7 IGT. O único DOCG presente é o de Cerasuolo di Vittoria DOCG, na área de Ragusa, produzido com a uva Frappato.



Os vinhos

Neste mosaico de variedades, duas uvas são as mais representativas: Grillo, entre as brancas, e Nero d’Avola, entre as tintas. Em números: 74% das vinícolas da Sicília (associadas a Assovini) cultivam a uva Grillo e 77% a Nero d’Avola. A branca chamada Carricante e a tinta Nerello Mascalese são típicas da região do Etna. No total dão 14 uvas autóctones, além dessas quatro já citadas, são elas: Lucido/Catarratto, Insolia, Grecanico, Zibibbo, Moscato Bianco, Malvasia di Lipari, entre as brancas; e Frappato, Nerello Cappuccio, Nocera e Perricone, entre as tintas. Já entre as uvas internacionais, destaque para a Chardonnay e Syrah.



Em que época do ano ir?

A Sicília tem um clima ameno durante todo o ano, inclusive no inverno. Obvio que se você quiser admirar a ilha no seu esplendor máximo deve buscar os meses de abril até início de outubro. No verão, especialmente em julho e agosto, meses de férias na europa, o problema é a superlotação e os dias muito quentes.


Como se locomover?

Para organizar um passeio, você também precisa ter um meio de transporte. A Sicília obviamente tem transporte público, mas é uma região grande e se você depender apenas de ônibus poderá limitar sua viagem. O melhor conselho para experimentar um passeio na Sicília em total liberdade, portanto, é contar com um serviço de locação de carro.


Onde dormir na Sicília?

A Sicília é uma região claramente turística pelo que nunca terá problemas em encontrar alojamentos mais ou menos perto dos centros históricos e praias. Se você organizar o passeio com alguns meses de antecedência, poderá reservar nos melhores lugares: hotéis, mas também B&Bs e pousadas rurais que geralmente são a melhor escolha porque você gasta pouco e experimenta a autêntica hospitalidade siciliana (e sua riquíssima tradição culinária).


Fotos: Divulgação vinícolas associadas Assovini Sicília e Andreia Debon



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