Vinícola Aurora lança Vinho Laranja, você sabe o que é?

A Cooperativa Vinícola Aurora apresenta ao mercado o Aurora Laranja, um rótulo exclusivo e de produção limitada que resgata uma das formas mais antigas de elaboração de vinhos no mundo. O lançamento estará disponível a partir da próxima segunda-feira, dia 22 de setembro, exclusivamente no e-commerce e lojas próprias da Aurora, com preço médio de R$ 120.

O vinho laranja, também chamado tecnicamente de “vinho branco macerado”, é produzido a partir de uvas brancas que passam por um processo de maceração pelicular prolongada – ou seja, o mosto fermenta junto com as cascas, semelhante à elaboração de vinhos tintos. Essa técnica confere ao vinho maior intensidade de cor, aromas complexos e estrutura destacada.

Para o Aurora Laranja, a variedade escolhida foi a Viognier da safra 2024, submetida a um período de maceração de, aproximadamente, seis meses. O resultado é um vinho de coloração amarelo-âmbar, com notas aromáticas que remetem a ervas, chás e frutos secos, além de uma sensação de boca marcante: mais corpo, textura e leve adstringência, que lembram características dos tintos em um vinho branco.

Embora seja uma novidade no portfólio, o Aurora Laranja não se trata de uma linha de produtos, mas de um item único, elaborado em pequena escala – foram elaboradas apenas 7 mil garrafas, todas numeradas.

Elaboração une tradição com tecnologia

Ao contrário dos vinhos brancos, que passam pouquíssimo tempo em contato com as cascas da uva – geralmente apenas algumas horas, até a prensagem –, o Aurora Laranja segue um caminho diferente. Após o desengace e o esmagamento, o mosto (suco da uva) fermenta junto com as cascas, em um processo muito parecido com o que acontece na produção dos vinhos tintos. Esse contato prolongado permite que o vinho absorva da casca compostos como os taninos, responsáveis por dar mais corpo, estrutura e complexidade à bebida. “Não existe uma fórmula única para esse tipo de vinho: cada enólogo pode decidir a variedade de uva, o tempo de contato com as cascas, a temperatura e as técnicas de vinificação, criando rótulos com personalidades distintas”, completa o enólogo Christian Bernardi.

Crédito da foto: Marcelo Cedeño